A comunicação organizacional pode ser o lugar onde discursos belos esconde práticas repreensíveis, onde o direito à propriedade prevalece sobre todos os outros, onde as pessoas são categorizadas e ridicularizadas em uma estratégia de propaganda. Ela também pode ser um lugar de conflito, resistência, alteridade, subversão ou afirmação. Queremos aqui questionarse a comunicação organizacional está falando com rostos, se ela é capaz de vê-los, de suportar suas presenças? O que o encontro com o rosto do outro humano pode nos ensinar sobre a comunicação organizacional? Na comunicação organizacional et na pesquisa sobre a comunicação organizacional não estamos transmitindo um discurso e pressupostos autoritários? Não performamos, sem querer, um discurso que coloca o direito de propriedade acima e contra outros direitos humanos? Na cena construída pela comunicação organizacional, quem é empurrado para fora da cena, fora da presença e fora da fala? A comunicação organizacional define a palabra majoritaria e, assim, sera que ela opde falar do minoritatio e pelo minoritario?

Jean-Luc Moriceau. A comunicação organizacional e os direitos do outro homem. Comunicação e direitos humanos, PPGCOM UFMG, pp.25 – 39, 2019, 978-85-54944-16-2.
- Date de publication
- 9 mai 2019
- Catégories
- dans
- Auteur
- par Jean-Luc Moriceau